Perda de água na distribuição chega a mais de 40%
O Instituto Trata Brasil, com parceria institucional da Asfamas (Associação Brasileira dos Fabricantes de Materiais para Saneamento) e da Water.org, com elaboração da consultoria GO Associados, divulgou recentemente o estudo “PERDAS DE ÁGUA POTÁVEL: DESAFIOS PARA DISPONIBILIDADE HÍDRICA E AVANÇO DA EFICIÊNCIA DO SANEAMENTO BÁSICO NO BRASIL”(https://tratabrasil.org.br/pt/estudos/perdas-de-agua/itb/perdas-de-agua-2022).
O estudo foi feito a partir de dados públicos do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS, ano base 2020) e contempla uma análise do Brasil, das 27 Unidades da Federação e as cinco regiões, bem como as 100 maiores cidades do país.
O estudo aponta que o volume de água perdida nos sistemas de distribuição no Brasil equivale a 7,8 mil piscinas olímpicas de água tratada desperdiçada diariamente ou mais de sete vezes o volume do Sistema Cantareira – maior conjunto de reservatórios para abastecimento do Estado de São Paulo.
Mesmo considerando apenas os 60% deste volume que são de perdas físicas (vazamentos), estamos falando de uma quantidade suficiente para abastecer mais de 66 milhões de brasileiros em um ano, equivalente a um pouco mais de 30% da população brasileira em 2020.
A Figura 01 apresentam os índices de perda de água por região, respectivamente. Os estados que mais perdem água são Amapá (74%), Acre (62%) e Roraima (60%); na outra ponta, temos São Paulo e Distrito Federal, ambos com perdas de 34%.
Segundo o estudo, o que o Brasil registra de perdas no indicador Perdas de Água nos Sistema de Distribuição é praticamente o que se perde em termos financeiros avaliados no Índice de Perdas de Faturamento Total.
O estudo estima que uma redução dos atuais 40,9% nesse indicador financeiro para índices próximos a 25%, meta prevista pela Portaria Nº 490 do Ministério do Desenvolvimento Regional, permitiria a economia de um volume da ordem de 2,3 bilhões de m³.
O que significa que, mesmo conseguindo uma redução não tão grande nas perdas de água, já seria volume suficiente para atender a aproximadamente 40,4 milhões de brasileiros em um ano – número equivalente aos brasileiros historicamente sem acesso.
Fonte:https://tratabrasil.org.br/pt/estudos/perdas-de-agua/itb/perdas-de-agua-2022
Fonte:https://saneamentobasico.com.br/abastecimento-de-agua/seguranca-hidrica-perda-agua-brasil/