POLUIÇÃO DOS RIOS

POLUIÇÃO DOS RIOS CAUSADA POR FÁRMACOS

Imagem Ilustrativa

A expansão do mercado de produtos farmacêuticos vem gerando um problema ambiental na qual não há muitas pesquisas para saber de maneira mais clara o efeito na vida dos seres vivos, incluído o ser humano.

Pesquisas têm detectado presença de fármacos, cosméticos e produtos de higiene pessoal em águas superficiais, subterrâneas, água para consumo humano, e até mesmo em solos sujeitos à aplicação de lodo de esgoto.

Segundo os pesquisadores no assunto, estes resíduos, quando sujeitos as condições adversas de umidade, temperatura e luz podem transformar-se em compostos tóxicos e provocar o desequilíbrio ao meio ambiente, modificando ciclos biogeoquímicos, e alterando as teias e cadeias alimentares.

Recentemente foram estudados 258 rios em todo o mundo — incluindo o Tâmisa em Londres e o Amazonas no Brasil — e detectaram produtos farmacêuticos em níveis potencialmente tóxicos em mais de um quarto deles. A pesquisa foi publicada no último dia 8 de fevereiro no Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), acesse a pesquisa (CLIQUE AQUI).

A pesquisa incluiu localidades diversificadas, que iam do rio Mississippi, nos Estados Unidos, ao Mekong, no sudeste asiático. Foram coletadas amostras de água em áreas afastadas como uma aldeia yanomami na Venezuela, mas também em algumas das cidades mais populosas do planeta, como Delhi, Londres, Nova York, Lagos, Las Vegas e Guangzhou.

Os pesquisadores descobriram que as principais atividades associadas à contaminação incluem despejo de lixo ao longo das margens, infraestrutura inadequada de esgoto, além do impacto de fossas residuais nos rios. O problema também foi relacionado a taxas elevadas de desemprego e pobreza, onde as nações de renda média para baixa, apresentaram rios mais poluídos.

Apesar de vários estudos sobre o problema, ainda não há no Brasil, uma orientação sobre os procedimentos para descarte de medicamentos vencidos usado em residências sendo que a legislação é direcionada apenas para os estabelecimentos de saúde.

No entanto, o descarte inadequado não é a única forma de poluição de fármacos no ambiente, alguns componentes são excretados pela urina ou pelas fezes. Cerca de 50% e 90% de uma dosagem são eliminados pelo organismo sem sofrer modificações e persistem no ambiente, e com a ausência de saneamento ainda no país, a tendência é que o problema da poluição nos rios brasileiros, cresçam cada vez mais.

Fonte: https://tratamentodeagua.com.br/estudo-descobre-extensao-poluicao-farmaceutica-rios-mundo/

http://revista.oswaldocruz.br/Content/pdf/Edicao_15_TANNUS_Michel_Moreira.pdf