REVISTA +AMBIENTAL – 4ª EDIÇÃO

O mundo do século XXI tem se notabilizado pela velocidade e as pessoas estão cada vez mais velozes e furiosas. No entanto, contradizendo a essa nova característica da humanidade, ao se deslocar na cidade, as pessoas estão cada vez mais lentas e não é de se assustar que em São Paulo, no horário de pico, a média horária de deslocamento em automóveis nas principais ruas e avenidas daquela cidade seja de 16km/h. Uma galinha em alta velocidade chega a 14km/h. Portanto, urge que o planejamento urbano encontre soluções para deixar a cidade mais dinâmica e que o deslocamento ocorra de maneira mais ágil e, claro, veloz.

Contrapondo-se a “carrocracia”, a mobilidade ativa através do uso das bicicletas no espaço urbano pode ser uma alternativa ao deslocamento na cidade. Se em cidades de alguns países centrais, as políticas urbanas já colocam a bicicleta como um importante modal de deslocamento, em países como o Brasil, salvo poucas exceções, as administrações municipais ainda não despertaram para o fato que a integração de modais de deslocamento é a alternativa mais viável para que se resolva a questão da mobilidade.

Na sua quarta edição, a revista + AMBIENTAL busca levantar o debate sobre o uso das bicicletas na cidade, enfocando como ocorre a mobilidade ativa na cidade de Natal. Estudiosos, especialistas, gestores públicos bem como representantes de movimento ciclístico de Natal apresentam seus posicionamentos sobre o tema, partindo de um lugar comum que é o fato que atualmente sair em bicicleta em Natal é um esporte radical. Porém o radicalismo desse esporte está justamente nas ainda falta de estrutura e condições diversas que façam com que uma pessoa se sinta tentada a usar uma bicicleta na cidade do sol.

Boa leitura!